A trajetória do mais jovem advogado do Brasil

A trajetória do mais jovem advogado do Brasil

A trajetória do mais jovem advogado do Brasil
No dia 27 de julho de 2018, a Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal entregou a carteira profissional ao hoje mais jovem advogado do Brasil. Aos 18 anos, Mateus de Lima Costa Ribeiro se formou na Universidade de Brasília (UnB) e, há poucos meses, foi aprovado na primeira tentativa na Prova da OAB.
 
O jovem e promissor jurista merece todas as láureas pelo seu feito.
 
No entanto, pelo que pude acompanhar nos periódicos internet afora, nem todos estão dispostos à parabenizá-lo.
 
Portanto, antes que alguns leiam sua história, julguem sua trajetória ou comparem-se com ela, gostaria de fazer algumas considerações.
 

Como ele conseguiu tornar-se o mais jovem advogado do Brasil?

 
Entre outros fatores que vocês poderão verificar mais adiante, um dos principais agentes influenciadores para o sucesso do mais jovem advogado do Brasil, foi o incentivo e contumácia de seus Pais.
 
Tanto quanto teve que buscar, por meio de liminar, o direito à matrícula no vestibular, quanto teve o desafio de ler 50 livros em um ano, nota-se que a família esteve presente, motivando e acompanhando Mateus.
 
Não tenho receio em assegurar que, certamente, Mateus ouviu muito mais “Você consegue, filho”, do que “Realmente, é muito puxado para você”.
 
E prova disso é parte de seu discurso na cerimônia de entrega do certificado da OAB:
 

“É uma honra para mim. A advocacia é a profissão de grandes personalidades, e saber que sou o mais jovem dessa profissão tão grandiosa significa muito para mim. O que contribuiu para que eu conseguisse chegar até aqui foi a bagagem que eu criei com os ensinamentos dos meus pais.” (grifamos)

Metas e a obstinação do mais jovem advogado do Brasil

 
Quando foi desafiado a ler 50 livros em um ano, leu 86; Quando enfrentou barreira para ingressar na faculdade, recorreu à justiça; Quando viu o tempo de duração do curso de Direito, decidiu que demoraria menos.
 
Para Mateus, obstáculos nunca foram barreiras e até mesmo as barreiras foram mitigadas, tornando-se meros obstáculos.
 
Esta é uma característica que deve estar presente em quem se propõe alcançar um objetivo.
 
Não importa o quão inteligente ou, por qualquer razão, privilegiado você seja, sempre haverão dificuldades a serem superadas. E elas não devem ser comparadas, pois somente aquele que calça, sabe onde aperta seu sapato.
 
“Ah, mas ele é superdotado.”, “Ah, mas ele era de família abastada.”, “Ah, mas só conseguiu porque teve ajuda da justiça.” e por aí vai…
 
Nada disso tira sequer uma gota do mérito do mais jovem advogado do Brasil, que escolheu/decidiu pelo caminho do conhecimento e da auto-superação para sua vida, alcançando os objetivos a que se propôs.
 
Não julgue, nem se compare, inspire-se!
 
 

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Conheça a Trajetória do Mais Jovem Advogado do Brasil

 
A trajetória acadêmica começou em 2014, quando o estudante foi aprovado no vestibular da UnB com apenas 14 anos. Pela lei, ele não poderia se matricular na universidade, porque ainda cursava a 8ª série (atual 9º ano) do ensino fundamental.
 
Uma decisão liminar permitiu que ele entrasse na faculdade, desde que passasse em uma prova com o conteúdo do ensino médio. À TV Globo, ele contou que teve de percorrer uma “maratona”: em 24 horas, devorou três anos de matérias escolares e concluiu a etapa.
 

“Foram, assim, cinquenta provas de todas as matérias possíveis e imagináveis. As 24 horas mais intensas da minha vida, eu literalmente nem dormi direito.”
Já devidamente matriculado, a rotina não ficou mais leve: “Tinha dia que era disciplina de manhã, de tarde e de noite”, diz.

 
Com 256 créditos previstos, estágio e monografia, o curso de direito é um dos mais concorridos – e também, um dos mais puxados – da universidade. O próprio sistema eletrônico da UnB indica que, normalmente, os alunos têm entre cinco e oito anos para concluir o bacharelado.
 
Mais uma vez, Mateus Ribeiro decidiu que o prazo era longo demais. Acumulando matérias, cursos de verão e atividades extraclasse, ele foi autorizado a concluir o curso em 4 anos. Com a entrega da carteira profissional nesta sexta, ele já está apto a atuar como advogado.
 
 

Em casa e na escola

O interesse pelo mundo das leis não surgiu do nada: Mateus é filho de um casal de advogados, e aderiu à influência que também já tinha capturado os dois irmãos mais velhos.
 
O recorde quebrado nesta sexta, inclusive, pertencia a um dos irmãos de Mateus Ribeiro. Hoje doutor em direito, João Costa Ribeiro Neto conquistou a carteira da OAB aos 20 anos.
 
Na conversa com a TV Globo nesta sexta, Mateus disse que os primeiros passos rumo à advocacia foram dados ainda antes do vestibular, aos 10 anos de idade. Na tentativa de escapar de um castigo, ele recorreu a uma estratégia que os pais já conheciam: um pedido de habeas corpus.
 
“Eu estava de castigo, preso, e aí tive a ideia. Na verdade, meu irmão sugeriu que eu impetrasse um habeas corpus que seria julgado pelo meu pai, para eu poder ir pra sala ver o jogo do Corinthians.”
Na quinta série, outro empurrãozinho foi dado no colégio. Um professor desafiou os alunos da turma a ler 50 livros naquele ano. A proposta chocou o pequeno Mateus mas, depois, se revelou mais fácil do que parecia.
 

“Minha mãe falou: vamos começar, um livro atrás do outro. Aí eu li o primeiro, o segundo, e no final do ano eu tinha lido 86 livros”, conta.

 
Presente à cerimônia de entrega das carteiras profissionais, o desembargador do Tribunal de Justiça do DF Diaulas Costa Ribeiro elogiou a trajetória do estudante – e, agora, colega de advogacia.

“O esforço pessoal, os talentos que ele tem são inegáveis. […] Mas nada disso teria ocorrido se não houvesse a sensibilidade do Poder Judiciário e do Ministério Público, ao conceder a ele uma autorização para terminar o ensino médio a tempo de se matricular”, declarou.

 
O pai de Mateus, João Costa Ribeiro Filho, diz que o coração ficou “apertadinho”, mas feliz, durante a cerimônia. “Ele se preparou para isso. Acredito que será um grande advogado e dará uma grande contribuição ao Brasil.”
 
Mais velha que Mateus e mais nova que João Neto, Clarissa Costa Ribeiro tem 20 anos e deve se formar em direito, também na UnB, no fim deste ano. A irmã do meio também já foi aprovada no Exame da Ordem e, com o diploma em mãos, deve se tornar a mulher mais jovem na advocacia do país.
 

“Foi por livre e espontânea pressão e um pouquinho de vontade”, diz ela, aos risos. “A gente gosta do direito. Mas, sem dúvida, a gente tinha grandes exemplos em casa.”

 
Fonte: G1
 
 

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